quinta-feira, 12 de março de 2015

Comitê Paralímpico Internacional adota política para diminuir classificações nos Jogos Paralímpicos




Foto: CPB (IPC). AntidopingO Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) adotou a política de “zero classificação”. O esforço visa minimizar o número de atletas que precisam ser classificados nos dias que antecedem ou durante os Jogos Paralímpicos.
O objetivo do IPC é atingir esta meta com a ajuda de todas as federações internacionais. Ambos trabalharão em conjunto para investir e implementar um programa compreensivo de classificação pré-Jogos Paralímpicos, espalhado por todo o período de classificação para a competição. A política foi introduzida de forma bem sucedida antes de Sochi-2014 e agora será estendida para antes dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, no próximo ano.
O sistema de classificação dos atletas é único no esporte paralímpico e determina quais deles estão elegíveis para competir e quais deles serão agrupados conjuntamente para determinado evento.
Esta divisão visa diminuir o impacto da deficiência no esporte e assegurar que o vencedor de um evento seja determinado pela sua habilidade, aptidão, forma física, força, resistência e estratégia – os mesmos fatores que levam à vitória nos esportes convencionais.
“A nossa meta final com esta política é de totalmente eliminar a necessidade da classificação para um atleta nos Jogos Paralímpicos, já que estas decisões de último momento não são justas para nenhuma das partes envolvidas, especialmente com atletas que treinaram anos para chegar aos Jogos”, disse Peter Van de Vliet, diretor médico e científico do IPC.
Sob a nova política do IPC, atletas com status de classificação esportiva “confirmado” ou “revisar + data fixa 2017″ estarão elegíveis a participar dos Jogos do Rio-2016.
Histórico da classificação
Desde os Jogos de Atenas-2004, quando um a cada quatro atletas (25,6%) foi classificado nos Jogos, o IPC tem gradualmente diminuído o número de atletas que necessitam desta avaliação nos Jogos de Verão.
Em Londres-2012, apenas um a cada 14 (7,1%) precisou ser classificado no próprio evento. Da mesma maneira, nos Jogos de Inverno, o número de atletas classificado nos Jogos foi reduzido de 76 nos Jogos de Torino-2006 para apenas um em Sochi-2014.
“Em Sochi-2014, nós quase atingimos a meta de não realizar nenhuma classificação. Queremos assegurar que esta seja a norma para as próximas edições dos Jogos. Esta nova política parte do pressuposto de que cada federação internacional tem de carregar a responsabilidade de desenvolver um calendário de classificação a longo prazo. Apenas desta forma conseguiremos atingir o nosso objetivo final”, disse Van de Vliet.
*Com informações do Comitê Paralímpico Internacional


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