segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Músico faz rap sobre acessibilidade na Capital e pede mais humanidade

Músico faz rap sobre acessibilidade na Capital e pede mais humanidade

Elverson Cardozo
Bruno trabalhar como produtor musical e intérprete de rap há 8 anos. (Foto: Divulgação)Bruno trabalhar como produtor musical e intérprete de rap há 8 anos. (Foto: Divulgação)
Produtor musical e cantor de rap, Bruno dos Santos, de 29 anos, mais conhecido como TGB, resolveu fazer uma música e um videoclipe sobre acessibilidade em Campo Grande. O trabalho, finalizado em dois meses, deixa claro que a produção é bem caseira, mas a ideia merece reconhecimento.
Ele evidencia as reclamações, afinal de contas não dá para tapar o sol com a peneira, mas o que TGB quer mesmo é repeito, paciência, compreensão e, acima de tudo, humanidade. O “Web Vídeo”, como se refere, foi publicado no Youtube no dia 24 deste mês e recebeu um nome óbvio, mas que merece ser lembrado, sempre: Acessibilidade.
A música faz parte do segundo disco do músico, que será lançado em janeiro. “Aqui em Campo Grande a cena está difícil. Sou especial e preciso de auxílio. Cadê a autoridade para falar da situação? Procuro essa ajuda para melhorar a condição”, diz parte da letra.
Falta de rampas e elevadores nos ônibus do transporte público são alguns problemas abordados na canção. O trabalho, no início, lembra um documentário, com depoimentos de gente que enfrenta o problema no dia-a-dia e, por isso, reclama, cobra providências.
A música, escrita por ele, só aparece no final, acompanhada de imagens reais, em preto e branco, captadas no centro da cidade. As dificuldades, registradas pela lente, foram assistidas pelo produtor, que vivenciou, de perto, a falta de estrutura adequada.
Produtor captou situações como essa, onde a falta de acessibilidade fica ainda mais evidente. (Foto: Reprodução)Produtor captou situações como essa, onde a falta de acessibilidade fica ainda mais evidente. (Foto: Reprodução)
Isso impressionou, lógico, mas as atitudes chamaram mais a atenção. Na Capital, a exemplo do que acontece em outros cantos do país, as pessoas com mobilidade reduzida, observou o jovem, parecem seres invisíveis.
“A gente percebe muito descaso”, disse. O motorista que não respeita a travessia do cadeirante, o apressado que falta derrubar o senhor de muletas e o jovenzinho que faz cara de nojo são só alguns exemplos dos “tipos” que habitam a Cidade Morena.
“Precisamos olhar para com respeito, ter paciência e amor. As pessoas estão muito egoístas. Pensam demais no próprio umbigo”, disse. A mensagem e lição deixada por ele, no trabalho que demorou apenas 8 semanas, compensam os “desarranjos” do vídeo.
Ele não crítica ninguém, nem os políticos. Quer apenas um mundo mais humano. “Só estou pedindo ajuda para essas pessoas que precisam mais que a gente. O objetivo é fazer com que as coisas melhorem em Campo Grande na parte da acessibilidade”.
Assista ao vídeo:
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