quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Londres está pronta para edição mais ambiciosa dos Jogos Paralímpicos


 
 

Londres está pronta para edição mais ambiciosa dos Jogos Paralímpicos
27 de agosto de 2012  09h08  atualizado em 28 de agosto de 2012 às 17h21

Delegação brasileira está preparada para os Jogos Paralímpicos de Londres. Foto: CPB/Divulgação
Delegação brasileira está preparada para os Jogos Paralímpicos de Londres
Foto: CPB/Divulgação
A chama voltará a brilhar no Estádio Olímpico de Stratford de 29 de agosto a 9 de setembro, durante os XIV Jogos Paralímpicos, naquela que será, segundo a organização, a edição mais importante de toda a história.
A rainha Elizabeth II inaugurará os Jogos Paralímpicos na quarta-feira, em uma cerimônia com o título "Enlightenment" (Iluminação), que terá 3.000 figurantes e começará às 16h30 de Brasília.
Após o sucesso dos Jogos Olímpicos, o primeiro-ministro David Cameron afirmou que Londres 2012 "encheu o país de orgulho e os Jogos Paralímpicos nos deixarão ainda mais orgulhosos".
Cameron prometeu "os melhores, os maiores, os mais incríveis Jogos Paralímpicos já vistos". No total, 4.200 atletas (contra 4.000 em Pequim 2008) e mais de 165 países participarão nos Jogos.
O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) anunciou que 2,2 milhões de ingressos foram vendidos e falou que a previsão é de uma audiência de quatro bilhões de telespectadores.
Os Jogos de Pequim 2008 representaram um marco, com números recordes (países participantes e cobertura da imprensa), e reafirmou a ideia de que a competição têm tanta relevância quanto os Olímpicos.
Na China, 279 recordes mundiais foram superados e 3,44 milhões de pessoas compareceram aos locais de competição, para uma audiência global de 3,8 bilhões de telespectadores.
"Há muito barulho sobre os Jogos, todos falam sobre eles e esperam que comecem logo", comentou Philip Craven, presidente do Comitê Paralímpico Internacional.
Os Jogos Paralímpicos, que Londres recebe pela primeira vez, constituem um retorno ao início do esporte adaptado para deficientes, já que foi no hospital de Stoke Mandeville, perto da capital inglesa, que o médico Ludwig Guttman teve a ideia de organizar partidas de basquete para pessoas em cadeiras de rodas, em particular feridos na guerra.
Em 1948, Guttman organizou os Jogos Mundiais para amputados e pessoas em cadeiras de rodas, embrião do movimento paralímpico, que teve os primeiros Jogos em Roma 1960.
"É difícil acreditar que os Paralímpicos começaram há 64 anos no hospital de Stoke Mandeville com 16 veteranos de guerra", destacou Craven.
Cinquenta e dois anos depois dos primeiros Jogos Paralímpicos, os atletas deficientes competirão até 9 de setembro em busca de glórias em vários esportes.
Os britânicos tentarão repetir o sucesso dos Jogos Olímpicos, nos quais foram os terceiros colocados no quadro de medalhas, com 29 ouros e 65 pódios no total, atrás apenas de Estados Unidos e China.
Justamente estes três países, ao lado da Ucrânia, são considerados as potências do esporte paralímpico. A China conquistou 211 medalhas, incluindo 89 ouros, em Pequim 2008.
Outras grandes potências são Austrália, África do Sul e Canadá, com Rússia e Brasil, sedes dos Jogos de Inverno e Verão, em 2014 e 2016, cada vez mais fortes.
Em Pequim 2008, o Brasil ficou em nono lugar no quadro de medalhas, com 47 pódios: 16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes.
O primeiro atleta da história a disputar a mesma edição dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos será o sul-africano Oscar Pistorius. O velocista, com sua prótese de carbono, participou dos 400 m rasos dos Jogos de Londres e chegou às semifinais.
No revezamento 4x400 m, integrou a equipe sul-africana, que completou a final na oitava e última posição. Apesar dos resultados modestos, o papel de Pistorious, primeiro atleta amputado a disputar uma Olimpíada, representou um marco na história e um momento inesquecível de Londres 2012. Agora Pistorius buscará o bicampeonato nas provas dos 100, 200 e 400 metros.
Os Jogos Paralímpicos de Londres também representarão o retorno do esporte adaptado para deficientes intelectuais, que haviam sido excluídos do evento desde Sydney 2000, depois que foi descoberto que a equipe espanhola havia burlado as normas com a utilização de atletas em suas plenas faculdades mentais.
Em Londres, 200 atletas com deficiência intelectual disputarão três esportes: tênis de mesa, natação e atletismo. jc/fp
AFP
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