quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Sexo Sem Barreiras












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Já que 31 de julho foi o Dia do Orgasmo, vamos falar daquele assunto que todo mundo adora: SEXO. E quando eu falo todo mundo, estou me referindo também a turminha do lesado medular. Eu não sei porque, mas todas as novelas e filmes que assisti até hoje retratam o cadeirante como impotente ou assexuado... Não é por aí!

Quando uma criatura tem a sorte de ser premiada com uma lesão na medula, podem ocorrer uma série de mudanças fisiologicas. Nas mulheres pode haver ausência de sensibilidade e déficit de lubrificação, mas a ovulação é preservada. Nos rapazes, pode ocorrer ausência de ereção, de ejaculação, perda de sensibilidade ou uma hipersensibilidade – o que pelo nome parece bom mas não é! A hipersensibilidade pode ser percebida como dor. A fertilização pode ficar comprometida devido a uma queda da taxa da produção de espermatozóides. E é comum existir ereções involuntárias. Tipo, o cara tá na fisioterapia super concentrado nos exercícios e quando olha pra baixo tem mais gente participando da sessão! Mas, como cada caso é um caso, mesmo tendo uma lesão bem parecida, cada indivíduo vai ter comprometimentos e sequelas diferentes.

Bueno, quem lê o prognóstico acima e o compara com o que está escrito no primeiro parágrafo deve ficar se perguntando... Mas como o cadeirante não fica brocha e assexuado se ele perde a sensibilidade e a ereção? Calma, eu já vou chegar lá (com o perdão do trocadilho)!

Logo após sofrer uma lesão medular o mundo vira de cabeça pra baixo, mas nem tudo está perdido! No processo de reabilitação, diversas atividades podem ser reaprendidas ou readequadas. Tu pode não caminhar, mas vai aprender a tocar a cadeira, vai adaptar o que for necessário para retomar o trabalho, e é assim também no que diz respeito ao sexo.

Claro que esse processo leva tempo e requer autoconhecimento, mas o que quero mostrar aqui é que é possível ter uma vida sexual ativa e prazerosa depois da lesão. Como diz uma amiga minha que também é cadeirante: ‘O desejo sexual segue o mesmo. Talvez tu não consiga fazer determinadas posições na beira da praia, mas dá pra fazer outras.’ Fazer de pezinho vai ser complicado, mas existem tantas outras opções!

Na real, depois da lesão, tu acaba aprendendo a dissociar o prazer sexual do ato em si. A coisa passa a não ser só a tchaca-na-butchaca. E de certa maneira, isso traz qualidade pro relacionamento. O tesão vai estar mais associado a intimidade e ao emocional.

Mas, daí alguém pergunta: se a pessoa não sente boa parte do corpo, como serão as preliminares? Bom, dá pra explorar as partes que se sente. Até o mais tetrão dos tetras sente a orelha, a boca, o couro cabeludo. E com um espelho no teto, dá pra explorar as partes que não se sente. O estímulo visual ganha uma atenção especial, ui! Falar coisas sensuais também atiça os ânimos. E tem mais, o orgasmo é uma função cerebral. Segundo a sexóloga Laura Müller ‘No cérebro, há o que se chama de centros de prazer: diversos núcleos onde se concentram as células nervosas responsáveis pela sensação de prazer.’ Ou seja, é possível ter orgasmo mesmo sem sentir a pixirica e o bigurrilho. E ejaculação não é a mesma coisa que orgasmo. É possível atingir o clímax sem fazer meleca! Quem lembra do sexo tântrico?

Quanto a questão da ereção, é realmente muito peculiar a cada caso. Mas, se o amigo Jonny não sobe de jeito nenhum, hoje temos uma gama de drogas que podem ser utilizadas: Viagra, Cialis, Papaverina, Caverject... A moça vai pedir água! Tem uns remedinhos que garantem até 10 horas de ereção! E se o homi não é adepto ao uso de fármacos, tem aquela piada antiga, quem precisa de p... tendo dedo e língua... No caso da falta de lubrificação das mulheres, taca gel ou ky nela!

E pra provar que pra tudo dá se um jeito nessa vida, se o homem ficar com baixa contagem de espermatozoides e/ou perder a capacidade de ejaculação pode ser feita inseminação artificial. Sim, ele pode ser papai!

Mas, devagar! Nada de automedicação! Para ter uma boa orientação é recomendável que os rapazes busquem um urologista e as meninas um ginecologista.

Bueno tchurma, o fato é que existe um tabu tremendo em torno do assunto e uma carência abismal de informação. Logo que tive a lesão, pesquisei horrores na Internet e não achei quase nada, tive que descobrir tudo 'a dois' na marra! Independente de existir uma lesão ou não, o sexo faz parte da vida do ser humano! E já que é pra gozar a vida na plenitude, vamos desfrutá-la em todos os seus aspectos! Motéis adaptados já!

De volta a história do Dia do Orgasmo, a Tania soltou uma pérola no Twitter: Nem sabia que pra gozar tinha dia.

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